Ela risca um fósforo. Suspira docemente. Olha na direção do corpo: sorri de um jeito engraçado, aliviada, feliz talvez, sem remorso. Atira a pequena chama no piso encharcado, fecha os olhos, pensa no infinito, sabe que tudo irá consumir-se em minutos. Encerra sua curta carreira como viúva negra de maneira tragicamente poética.
César dos Anjos
Escritor e Empreendedor Cultural
Gosto de minicontos... costumam dizer muito, em poucas palavras.
ResponderExcluirGrande abraço,
André
Grato André Foltran.
ExcluirEsse foi um dos microcontos de que mais gostei de escrever.
Abraço.
César dos Anjos