27 fevereiro 2010
Versos Heliânticos
breve suavidade
apáticos momentos
lacônico olhar
recônditos sentimentos
alva pulcritude
semblante perfulgente
navígero coração
sorriso permanente
aurora primeva
sagaz brilhantismo
meândricos sonhos
prisco romantismo
irrisória sentença
lembrança postergada
vulto dissidente
compleição avaliada
índole primária
cidadão incoerente
sereia-musa-fada
anjo benevolente
20 maio 1999 - 00h55min
ao poeta haroldo de campos
a folha não cai - arrepia
em hora tranquila - parada
pactua seu fim sem fracasso
com o ar gentil simetria
ilude o silêncio - mais nada
conquista um espaço
desiste do solo - da morte
do húmus - atroz moradia
prefere nadar pra o norte
num rio de tristeza tardia
a um mar estéril - escasso
tão leve corrente
em seu leito conduz
pequena folhinha dormente
transporta sua cruz
submissa - e - contente
terrível mormaço
um clarão - sol a pino
na água não seca
só quer alcançar sua meca
cumprir seu destino
naquele oceano atlantino
26 jan 1999
(re)descobrindo o sistema
Foto: NASA
[nem tanto assim
nem tão pouco
ou algo mais]
quero descobrir
sob forte chuva cósmica
o segredo do universo
seguir o halley
no vácuo de seu rastro
ligar meu farol solar
na via-láctea
desviar-me de buracos negros
e ao raiar de nova órbita
cruzar a poeira de saturno
escapar dos gases de júpiter
ligar o aquecedor
ao frio de plutão
quero admirar
o céu vermelho de marte
e bronzear-me no calor
das praias de mercúrio
quem sabe entre eles
a vênus não mo revelará?
ou talvez - antes - o rei netuno
me trará o conhecimento
das profundezas do espaço?
não no sei... porém
ao retornar
de astronômica jornada
encontrei em minha terra
o amor de uma estrela
21/01/1999
[nem tanto assim
nem tão pouco
ou algo mais]
quero descobrir
sob forte chuva cósmica
o segredo do universo
seguir o halley
no vácuo de seu rastro
ligar meu farol solar
na via-láctea
desviar-me de buracos negros
e ao raiar de nova órbita
cruzar a poeira de saturno
escapar dos gases de júpiter
ligar o aquecedor
ao frio de plutão
quero admirar
o céu vermelho de marte
e bronzear-me no calor
das praias de mercúrio
quem sabe entre eles
a vênus não mo revelará?
ou talvez - antes - o rei netuno
me trará o conhecimento
das profundezas do espaço?
não no sei... porém
ao retornar
de astronômica jornada
encontrei em minha terra
o amor de uma estrela
21/01/1999
Poema do Absurdo
Foto: César dos Anjos
é o que desejo
na existência
e o que almejo
com prudência:
liquidificar minhas dores
centrifugar minhas feridas
cozinhar meus favores
alimentar minhas vidas
sábios não são aqueles que riram-se
dos mais humildes, mansos e meigos
que mostram hieróglifos aos leigos
e eles de sua grandeza admiram-se
na minha escuridão
vi tua beleza
onde o silêncio
nunca é silencioso
estaria abusando
do seu amor
minha bondade?
ou exagerando
seu favor
com minha vontade?
Pois somos errantes
em uma terra estranha...
06 maio 1998
é o que desejo
na existência
e o que almejo
com prudência:
liquidificar minhas dores
centrifugar minhas feridas
cozinhar meus favores
alimentar minhas vidas
sábios não são aqueles que riram-se
dos mais humildes, mansos e meigos
que mostram hieróglifos aos leigos
e eles de sua grandeza admiram-se
na minha escuridão
vi tua beleza
onde o silêncio
nunca é silencioso
estaria abusando
do seu amor
minha bondade?
ou exagerando
seu favor
com minha vontade?
Pois somos errantes
em uma terra estranha...
06 maio 1998
Obsessão d'alma
no passeio da aurora
o presente é apresentado
em luz e sombra
em retângulo mumificado
paisagem ondulesca
escura e friamente conturbada
paralelos corporais
passeísticos na madrugada
olhares que me seguem
rogam-me por sua libertação
dormem, transpiram
nadam no mar da escuridão
longínquas, esculturais
transcendem a arte das formas
vagueio poeticamente
num teu juiz me transformas
encéfalos posicionados
morte expressa na dor canina
excita-o tuas mãos
desentitulada é a sina
angustiada vida humana
humanamente quadrada expressão
inferno decrepitante
faces coladas em desunião
rosto na montanha
o céu é cinza - a pedra, escura
a crina avolumada
não esconde tua arte madura
um choro oculto
miserável dor latente
caras rostos visões
lira vespertina na obra de Vicente
29 jun 1999
[Obra poética composta em visita à exposição do artista plástico Gil Vicente no MAMAM - Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Recife, e em sua homenagem]
16 fevereiro 2010
Tribos
O Poeta escreve uma nova Bossa
era tarde ainda
depois das seis
o som da primeira
chuva de verão
me afogava em pensamentos
a paciência me distraía
uma bossa eu ouvia
Gil e Toquinho
cantando em Itapoã
relaxando meu sistema
cansado e nervoso
e na mudança de tempo
a onda de Jobim
arrebentou em mim
levando-me à calma praia
da italiana voz
memorável Renato
tudo era sossego
ao doce murmúrio
de um saxofone
brilhando sem microfone
Al Jarreau cantando samba
enquanto o Poeta
atento ao repertório
das letras e das músicas
escreve sua alma
em palavras de ouro
sem nome e sem louro
23 dez 1999
07 fevereiro 2010
Lançamento do Mês
Cartaz de divulgação para o lançamento do livro ECOS DA ALMA - Antologia de Poemas, publicado pela Andross Editora, São Paulo.
Dois poemas meus foram selecionados para fazer parte desta antologia.
Para adquirir o livro, contactar o autor:
Twitter.com/CesarDosAnjos7
Facebook.com/CesarDosAnjos7
04 fevereiro 2010
Pensamento VI
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