
a folha não cai - arrepia
em hora tranquila - parada
pactua seu fim sem fracasso
com o ar gentil simetria
ilude o silêncio - mais nada
conquista um espaço
desiste do solo - da morte
do húmus - atroz moradia
prefere nadar pra o norte
num rio de tristeza tardia
a um mar estéril - escasso
tão leve corrente
em seu leito conduz
pequena folhinha dormente
transporta sua cruz
submissa - e - contente
terrível mormaço
um clarão - sol a pino
na água não seca
só quer alcançar sua meca
cumprir seu destino
naquele oceano atlantino

26 jan 1999
Seus poemas são lindíssimos!!! Parabéns pelo poeta tão maravilhoso que você é.
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