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15 novembro 2013

Entrevista de César dos Anjos ao Parlatório

O Parlatório falou sobre a publicação de livros em edição Cartonera e recebeu César dos Anjos, Poeta e Produtor Cultural, em seu estúdio para uma entrevista, em 12 NOV 2013.



Hoje você vai entender o que é e como funciona a edição Cartonera, um movimento que surgiu em meio à crise econômica na Argentina em 2003 e hoje está conquistando escritores e leitores do mundo todo. César dos Anjos é um dos autores que se encantou com a proposta editorial e lançou duas obras neste formato artesanal criativo: "O Miserável e Três Contos Filosóficos" e "Qualquer idiota morre depois" [Poesia?].

Sobre o conto "O Miserável" e o Movimento Cartonero

Comunicação de Andreia Joana Silva, a propósito do lançamento dos livros "O Miserável e Três Contos Filosóficos" e "Qualquer idiota morre depois" [edição bilíngue Português/Espanhol], do escritor César dos Anjos.

Sobre o texto O Miserável                                  

                Este texto não é aconselhado a leitores sensíveis. Contudo é um texto que eu aconselho a leitores sensíveis. Trata-se de um texto perturbador, é certo. Mas que cumpre a sua função artística: a de incomodar o leitor, a de perturbar, de tocar com o dedo no âmago da ferida, nas entranhas, alcançando algo que é quase inumano, ou talvez seja tão humano que tenhamos medo de admitir que o é.
                O conto O Miserável ficou no top 5 do I Prêmio Internacional de Literatura Cartonera, lançado por Cephisa Cartonera. Foi um texto que me custou a ler, devo admitir. Mas ainda assim é um texto que faz bem ler. No sentido em que obriga a questionarmo-nos, a colocarmo-nos certas questões que por vezes não ousamos colocar. Cumpre a sua função artística no sentido que incomoda o leitor e impele-o a reagir. Abana-o, sacode-o.
                Em O Miserável estamos perante um texto cuja essência é primordialmente demoníaca. Deparamo-nos com um personagem que nos transporta até ao seu mundo, o qual é um autêntico locus horrendus. Neste locus horrendus no qual nós, leitores, somos gentilmente convidados a entrar, acompanhamos o personagem e vivemos com ele o exteriorizar dos seus demónios através de estupros, violência gratuita, assassinatos, crimes hediondos. Assistimos à procura do personagem pela libertação, a sua catarse. A qual não chega, qual animal insaciável que continua à procura de satisfação e prazer incessantemente.
                Nietzsche dizia que “o imitar é congênito no homem e ele compraz-se no imitado”. Ou seja, enquanto seres humanos, retiramos prazer na imitação da realidade, pois é inerente à nossa natureza. Imitamos como forma de aprendizagem, como forma de brincadeira e em tom jocoso, imitamos para tornarmos a realidade alheia mais próxima de nós. Sendo a literatura o espelho da realidade, teremos também nós prazer em ver essa realidade imitada? Ou esse prazer caberá só ao escritor, que a imita, (des)escrevendo-a?

Sobre o trabalho das editoras cartoneras

                É com grande satisfação que acolhemos Querubim Cartonera na grande família cartonera, numerosa e instalada nos quatro cantos do mundo. Já muito se tem escrito sobre a importância das pequenas editoras, mas tudo se resume a uma alternativa: uma alternativa à publicação convencional. Nós, cartoneros, queremos voar mais alto. Queremos ser mais do que uma alternativa. Queremos ser uma família. Queremos fazer livros como quem faz bolos para oferecer aos amigos e familiares, queremos que os livros sejam uma desculpa para estarmos juntos, para trabalharmos em coletividade, para descobrirmos o companheirismo e a amizade em torno dos livros. Claro que falamos de um projeto multidimensional e com imensas potencialidades (certamente a maior parte delas ainda não estão exploradas).
                As editoras cartoneras nasceram com o objetivo de publicar autores não conhecidos, fazer livros com um baixo custo de produção os quais se pudessem vender também a um baixo preço. Isto significa que a nível literário abriu-nos as portas a um mundo ainda inacessível e deu-nos à boca literatura de rua, na qual há o apelo ao grotesco, ao feio, ao mundano, ao proibido (não deixem de ler as primeiras obras publicadas de Eloísa Cartonera). O cânone ficou de lado e novas janelas literárias abriram-se para nos darem a conhecer novos autores que de outra forma nunca seriam conhecidos.
                Por outro lado, podemos também dissertar sobre o lado artístico que as editoras cartoneras veiculam: não nos cansamos de repetir que não há dois livros iguais. É o nosso estandarte. Cada livro é feito com amor, carinho e dedicação q.b. Sendo inteiramente feitos à mão, são irreproduzíveis. São únicos. Já sabemos que para nós, ávidos leitores, cada livro é único, mas estes são mesmo únicos pois não existem dois livros iguais. Estamos portanto perante o livro-objeto, o livro enquanto obra de arte plástica.
                Socialmente temos também uma grande responsabilidade: valorizar a figura do catador de lixo. É a ele que vamos comprar o papelão mais caro, tentando contornar o sistema, mostrando-lhe que o seu trabalho merece ser mais bem pago. Ajudando-o a viver melhor nesta sociedade madrasta. Sensibilizando a população. Olhando-o nos olhos.
                Hoje, neste momento, assistimos à continuação do movimento cartonero. Assistimos ao nascimento de mais uma irmã cartonera. É em momentos como estes que sentimos todo o nosso trabalho recompensado: quando conseguimos transmitir aos outros esta nossa garra de perpetuar algo que é maior do que todos nós, algo que mesmo nós, ainda não conseguimos compreender. Hoje, neste momento, mesmo longe, estamos aí com vocês. Estamos no meio de amigos. Revemos as caras conhecidas. Distribuímos beijos e abraços. Felicitamos a Querubim Cartonera e, com um forte acento hispânico, dizemos Avanti cartoneros!

28 outubro 2013

1º Lançamento Cartonero

A QUERUBIM CARTONERA, selo editorial independente de Olinda-Pernambuco/Brasil, fará seu 1º lançamento, dois livros em edição cartoneira: "O MISERÁVEL e TRÊS CONTOS FILOSÓFICOS" [contendo o texto finalista do I Prêmio Internacional de Literatura Cartoneira] e "Qualquer idiota morre depois......." [edição bilíngue de textos poéticos-filosóficos-sociológicos-psicológicos-fantasiosos-irônicos-crônicos].

Os dois livros foram confeccionados artesanalmente pelo autor das obras, CÉSAR DOS ANJOS, com capas de papelão pintadas por ele mesmo, sua esposa, Luciana Barbosa de Sá, e suas sobrinhas, Laís Caetano Pires de Sá, Nívea Helena de Sá Muniz e Nataly Caetano de Sá Silva, a quem foram ministradas a primeira oficina de criação Querubim Cartonera.


O Lançamento Querubim Cartonera ocorrerá no Espaço Pasárgada, a Casa de Manuel Bandeira no Recife, situada à Rua da União nº 263, bairro da Boa Vista, em Pernambuco, Brasil. O evento começará às 19h, horário local.


AVANTI CARTONEROS!!!



17 outubro 2013

Querubim Cartonera


Selo editorial independente, do Movimento Cartoneiro Mundial



Confeccionando o primeiro livro em edição cartoneira, que em breve estará disponível para o público leitor e para todas as irmãs cartoneras




16 maio 2013

FIP 2013 - Programação





Torre Malakoff
A programação da Torre Malakoff é aberta ao público a partir das 16h30 e não é preciso fazer inscrições.
Praça do Arsenal da Marinha – Recife Antigo
Anti-homenagem levemente carnavalizada e totalmente não autorizada a JMB
Intervenção artística, com curadoria d’A casa do cachorro preto, em homenagem totalmente não autorizada ao mau velhinho Jomard Muniz de Britto, com os artistas Ayodê França, Raoni Assis, Jeims Duarte, Manoel Quitério, Pedro Melo, Imarginal, Paulo Leonardo e Clarissa Machado.
Sala de Exposições | Térreo
 Poesia na nuvem
 Intervenção que consiste na grafitagem de uma “biblioteca” virtual em que o público poderá baixar da internet obras de poetas pernambucanos através de QR codes.
Hall de Entrada | Térreo
23/05
Abertura
Mariane Bigio lê Janice Japiassu e Jaci Bezerra.
Horário: 19h
Anfiteatro
 Roda de poesia
Marcelo Mário de Melo, Zizo, Renata Santana, Artur Rogério, Mario Bojórquez, Lupeu Lacerda.
Horário: 19h30
Anfiteatro
 Diálogo
Fábio Andrade conversa com Lourival Holanda e Olivier Salon.
Horário: 20h30
Anfiteatro
Show de Abertura
Adiel Luna e Antônio Queiroz
Horário: 21h30
Anfiteatro
24/05
Diálogo
Adiel Luna conversa com Antonio Queiroz.
Horário: 16h30
Anfiteatro
Roda de poesia
Jussara Salazar, Angélica Freitas, José Juva, Cecilia Eraso, Paula Berinson, Ryo Miyairi.
Horário: 19h
Anfiteatro
Diálogo
Paulo Carvalho conversa com Jussara Salazar e Angélica Freitas
Horário: 20h30
Anfiteatro
Jam poética
OuLiPiando o Saruê
Olivier Salon e grupo São Saruê
Horário: 21h30
Anfiteatro
25/05
Diálogo
Thiago Pininga conversa com Fernando Monteiro.
Horário: 16h30
Anfiteatro
 Roda de poesia
Alexandre Morais, Abreu Paxe, Helder Herik, Bruno Gaudêncio, Fernando Monteiro, Annita Costa Malufe.
Horário: 19h
Anfiteatro
Diálogo
Wellington de Melo conversa com Mario Bojórquez.
Horário: 20h30
Anfiteatro
Jam poética
O observador e o nada
Micheliny Verunschk e Helton Moura
Horário: 21h30
Anfiteatro
26/05
Diálogo
Micheliny Verunschk conversa com Abreu Paxe.
Horário: 16h30
 Jam Poética
Chão caboclo nas quebradas do hip-hop
Chico Pedrosa e Clécio Rimas
Horário: 18h30
 Performance
Poesia dançante para o corpo versejante, performance baseada na obra de Paulo Leminski, com o Trio Madame Cellini, com as atrizes Ceronha Pontes, Lilli Rocha e Nínive Caldas. Direção: Ceronha Pontes
Horário: 19h
Anfiteatro
 Show de encerramento
Estrela Leminski e Téo Ruiz
Horário: 19h30
Anfiteatro
Espaço Pasárgada
Os cursos são gratuitos e as inscrições devem ser feitas pelo emailliteratura.secultpe@gmail.com. 30 vagas por curso.
Rua da União, 263 – 1º andar – Boa Vista
Cursos
23/05
Poesia portenha nos anos 60, com Cecilia Eraso
Horário: das 9h às 12h
Cordel, rap e romance: da Idade Média à Periferia, com Juan Pablo Martín (Espanha/Recife)
Horário: das 14h às 17h
24/05
A contribuição da poesia ibero-americana à tradição do Ocidente, com Mario Bojórquez (México).
Horário: das 9h às 12h
25/05
Da poesia moderna angolana e da tradição, com Abreu Paxe (Angola).
Horário: das 9h às 12h
26/05
Interlocução e performance na poesia de Ana Cristina Cesar, com Annita Costa Malufe.
Horário: das 9h às 12h
Ações Descentralizadas
Arrumadinho de poesia
Declamação e rodas de glosa em mercados públicos do Recife, redutos tradicionais da poesia na cidade. A ação acontece em parceria com a União pelo Cordel de Pernambuco.
 Mercado da Madalena
Com Felipe Júnior, Aldo Neves, Dió de Santo Izidio, Henrique Brandão, Maciel Correia e Thiago Martins. Cantoria de viola com Adiel Luna e Antonio Queiroz.
Data: 25/05
Horário: 12h às 14h
Local: Mercado da Madalena, Rua Real da Torre, 270.
 Mercado da Boa Vista
Com Lupeu Lacerda, Valmir Jordão, Miró, Alufa Licutã-Oxorongá, Philippe Wollney, Mario Bojórquez.
Data: 26/06
Horário: 12h às 14h
Local: Mercado da Boa Vista, Rua da Santa Cruz s/n.
Antiabertura
RIO DOCE/CDU – poesia oulipiana
Poeta Olivier Salon, do grupo OuLiPo, escreverá poema no trajeto do ônibus Rio Doce/CDU. Segundo o desafio oulipiano, a escrita só poderá acontecer com o ônibus em movimento.
Local: Trajeto do ônibus Rio Doce/CDU
Data: 23/05
Horário de saída: 9h – Terminal Rio Doce
A gente da palavra
Poetas uniformizados como ‘agentes de saúde’ visitam o IMIP e levam poesia para os pacientes.
Com Adélia Coelho e Camila Puntel
Local: IMIP – Instituto Materno Infantil de Pernambuco
Data: 24/05
Horário: 9h às 11h e das 15 às 17h
Parque Dona Lindu
Programação voltada para o público infantil
Av. Setúbal, 1139-1189, Setúbal.
 Poesia para pequenos
Declamação e música para crianças com o grupo Cordelândia.
Data: 25/05 e 26/05
Horário: 16h

30 março 2013

Curso de Literatura Contemporânea no Recife

No Espaço Pasárgada, a Casa de Manuel Bandeira, em Recife-PE/Brasil.

Curso de Literatura Brasileira | Portuguesa Contemporânea, com o poeta, crítico e ensaísta português Luís Serguilha.

Mais informações, no cartaz abaixo.




14 novembro 2012

Oficina de Dramaturgia

Ocorrerá no Espaço Pasárgada - a Casa de Manuel Bandeira - em Recife-PE.

Espaço Pasárgada
FUNDARPE/DGEC
Rua da União, 263, Boa Vista
(81) 3184-3165


Informações e inscrições:
www.fundarpe.pe.gov.br
artescenicas@secult.pe.gov.br